quinta-feira, 12 de junho de 2008

Papeleiros Fazem Protesto Pacífico Na Praça Da Bandeira Em Santa Cruz do Sul


Papeleiros de Santa Cruz do Sul, fazem protesto na Praça da Bandeira, em frente a prefeitura. Hoje essa Praça de Santa Cruz do sul, não trás como cartão de visitas, somente o lindo prédio e a enorme Bandeira Brasileira. Mas também tem uma paisagem diferente, de gente honesta que rala e muito no sol e na chuva, acampados, buscando seus diretos numa maneira moderna e democrática. A questão é que na sexta-feira passada, foram removidos do pavilhão que se situa nas mediações do Posto 2001, que é do estado, segundo informação da Comissão Representativa dos Papeleiros. A questão é que há quatros anos não está legalizada a situação deste, para abrigo ou estrutura de trabalho como ponto de origem de reciclagem. Segundo o Senhor Clero, (Funcionário da Prefeitura), será alugado um pavilhão próximo ao estadual. Essa locação está sendo negociada, o proprietário do novo local pediu 30 dias para entregar o imóvel, para a retirada dos seus pertences. Segundo o Senhor Clero, que estava conversando com a Comissão dos Papeleiros de Santa Cruz do Sul, estes 30 dias finalizaria no prazo datado de 10 de julho de 2008. Mas, entretanto, este modo o descontenta a classe destes trabalhadores e a grande necessidade dos mesmos de realizar e gerar sustento. Isto fez com que o Senhor Clero, adiantasse a me dizer e a essa Comissão; que está em negociação do prazo de entrega do novo local à essas pessoas que não podem ficar sem trabalhar, a ocupação deverá acontecer no 1º de Julho de 2008.
Durante este período o que eles podem fazer? Tanto um lado como o outro? Uma vez que, neste prazo que para muitos que lêem esta reportagem parece ser pouco tempo, por que a coisas que levam uma vida para serem resolvidas, para esse pessoal que não rouba, não trafica, não sabe o futuro, sabe sim e tem o orgulho de ser gente decente, lixeiro, Papeleiro, ou qualquer outra forma de expressão não é defeito algum é sim um motivo de orgulho para seus filhos e familiares que eles tenham uma profissão, em que eles honestamente trabalham para dar o sustento necessário de suas famílias.
O que deve ser levando em consideração, como fora me dito por uma mulher, como ela mesma se intitula: "Papeleira" com muita honra que no dia de terça-feira passada saiu de sua casa para ir ao local de reunião da Comissão dos Papeleiros, e sua casa foi invadida por assaltantes, isso é um absurdo, não há como negar que muitos não querem uma vida de crime, querer um espaço sim, não para glamour ou reconhecimento, mas apenas para sustentação própria e de tantas outras pessoas que trabalhando honestamente, catando papeis e outros materiais no lixo nas ruas para reciclagem.
A prefeitura mandou mantimentos sim, uma vez ao mês eles recebem uma cesta básica, para ajudá-los a sobrevivência do dia a dia, mas desta vez ao invés de ganharem açúcar ganharam xampu. Banho, com certeza todos tomam, sabe sim usar xampu como fora lhes perguntado. Mas, xampu é supérfluo, o açúcar não!
Bom há um pequeno problema, o lixo que tem de vir da cidade de Vale do Sol, não tem onde ser depositado até o dia 1º de Julho, e já foi dito também nessa conversa que haveria falta de containers da empresa contratante de Vale do Sol, para a coleta do lixo. Parece que nossa cidade apenas está passando por mais uma provação de quem vai lutar pelo que, e para quem e quando. Essas e mil outras perguntas sem respostas, ficam no ar. Apenas pergunta uma a nossa prefeitura, não poderia além de sediar os Papeleiros, fazer valer um espaço descente e ajudar a criação de uma empresa cooperativada para reciclagem de papeis aqui mesmo? Esse novo local poderia vir a servir há muitos outros propósitos, além de ser o local onde se guardaria todo o chamado "lixo seco", e as carroças (veículos de transportes), abrigara também as mulheres grávidas, famílias carentes que não possuem casa e também gerava de alguma maneira o seu sustento uma vez que estamos falando sobre cooperativa.
Com certeza retornaremos, com a conclusão desta matéria, no dia 1º de Julho. Não há nomes há fotos, não intervenções agressivas, não a necessidade de confusão, não se cogita jamais violência, nem da parte dos Papeleiros e nem da Guarda Municipal. Esse protesto servirá para acordar e reeducar a cidade na separação dos lixos em suas casa e demais locais? Isso já faria sim uma grande diferença e positivamente cresceria a ordem dos fatores que alteram toda e qualquer união para o progresso e o futuro. O desenvolvimento necessário, que ao invés de apenas consumir, que a população lembre que o material depositado no lixo que colocamos fora de nossas casas, serve de sustento para muitos.
Clara Schestatsky

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